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Projeto Maquete 

A nossa colaboração neste projeto é a execução de uma maquete para deficientes visuais. Pretendemos induzir à percepção do espaço envolvente da Igreja da Santíssima Trindade, assim como a localização do indivíduo no “lugar”.

 

 

Começámos por  uma visita de reconhecimento ao local. Fizemos um levantamento fotográfico do “objeto”, para melhor o conhecermos, tendo a preocupação de registar os elementos que serão alvo de atenção, na passagem de informação ao deficiente visual.

Com o objetivo de saber  de que forma os cegos percepcionam  a realidade, fizemos entrevistas, nomeadamente, ao Dr. Agostinho Costa. Esta ajuda foi preciosa, pois permitiu-nos perceber quais as fragilidades, a necessidade do uso de legendas, a importância do alfabeto braile, a relação da escala com o indivíduo e que tipos de materiais que poderão ser utilizados na composição da nossa maquete. 

Pedimos a colaboração dos arquitetos Elói Gonçalves, Mariana Santos e Catarina Ferreira, ex-alunos da nossa escola, que se prontificaram a ajudar-nos. Estes vieram ao nosso local de aprendizagem, e realizaram uma palestra sobre “O que é uma maquete”.  

Com bases arquitetónicas já aprendidas, decidimos que iriamos executar uma maquete de curvas de nível. Passámos à fase seguinte: “Como fazer uma maquete?”. Mais uma vez, os arquitetos proporcionaram-nos um workshop de construção do tipo de maquete por nós anteriormente selecionado para o desenvolvimento prático do projeto.

Já na fase de recolha e tratamento dos desenhos do projeto, fizemos inúmeros contactos. Com o projeto em mão, fomos novamente auxiliados, pelo arquiteto Elói Gonçalves, com o programa Rhinoceros 3D. Ensinou-nos a passar o projeto de alçados e cortes em curvas de nível.

Avaliação 

Da avaliação global deste projeto resulta uma classificação muito positivo. Pois quer dos pontos fortes quer dos fracos resultámos melhores pessoas. Os primeiros fizeram-nos despertar para uma realidade até agora por nós ignorada, ficámos a conhecer algumas das dificuldades dos deficientes visuais, o que nos sensibilizou e levou a querer participar e a encontrar soluções. Ampliámos os nossos conhecimentos técnicos e científicos.

 

Da colaboração de ex-alunos da nossa escola, já no mercado de trabalho resultaram esclarecimentos valiosos na área da arquitetura. Os últimos encarámo-los como desafios, aprendemos também nós a contornar obstáculos, nomeadamente com o aspetos económico, pois o processo e os materiais inicialmente pensados para a sua construção, verificaram-se ser muito dispendiosos, então arranjámos alternativas (reciclagem).

 

Na execução dos desenhos do projeto também encontrámos barreiras. O que nos levou mais longe, pedimos a colaboração do arquiteto responsável pelo projeto, o arquiteto grego Romanos Tombazis.

A implementação da maqueta da igreja da Santíssima Trindade no recinto do Santuário, vai permitir atenuar algumas das desigualdades no acesso ao “espaço”. Aos cegos será facilitada a perceção de um espaço que até então lhes estava de certa forma “vedada”.

 

Esta leitura permite um melhor conhecimento do local e melhor mobilidade, por conseguinte um maior envolvimento e comunhão com este espaço de fé. 

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